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segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Coquetel celebra um ano de Pérolas do Brasil


 O artesanato brasileiro recebeu uma homenagem na noite de terça-feira, 13 de dezembro. Isso porque a loja Pérolas do Brasil celebrou um ano de vida encantando os olhos dos porto-alegrenses. O coquetel comemorativo recebeu artesãos, arquitetos, decoradores, jornalistas e publicitários que toparam viajar pelo país através das peças expostas no estabelecimento. Mentora de tudo isso, a empresária Myriam Durães conversou com todos os convidados e mostrou que uma carioca da gema também tem muito a oferecer aos gaúchos, ainda mais quando se trata de artesanato.
 
A loja localizada em um bairro tradicional e representativo da cultura de Porto Alegre, o Bom Fim, reúne peças de mais de 50 artesãos dos quatro cantos do país, carregadas de simbolismo, história, cultura e beleza. Quem conhece o local tem a sensação de ter um pouquinho de cada estado ao seu alcance. A loja busca ser referência no artesanato brasileiro e na divulgação de novos talentos.
A paixão e o conhecimento da empresária pela matéria prima das peças encantou os presentes. As arquitetas Tina Zimmermann e Carmen Adegas não pouparam elogios à loja, que consideraram muito diversificada e rica em peças artesanais. As profissionais que trabalham com decoração de interiores nunca tinham ouvido falar da Pérolas, até serem convidadas pela agência BW Comunicação, que presta assessoria à loja. O convite foi certeiro, pois as expectativas das profissionais quanto ao que encontrariam foram prontamente correspondidas e apreciadas. Recepcionadas por Myrian, puderam conhecer um pouco mais da sua loja, das peças e de seus artistas.

O artesão Jacky Cavallari também esteve presente na comemoração e falou um pouco sobre as suas obras que hoje se encontram na Pérolas para comercialização. De origem francesa, o artesão veio morar no Brasil há quatro anos, e sua especialidade é o trabalho em madeira, em especial lâminas e móveis. Jacky contou que na França há uma linha tênue entre arte e artesanato, diferente do que ocorre no Brasil, onde o artesão não tem o mesmo prestígio.

Para Tina, essa diferença é histórica e cultural: “O Brasil é um país muito novo e, por isso, a Europa está na frente quando se trata de valorizar arte e artesanato”. Jacky concorda, pois, para ele, não há uma receita para fazer o Brasil valorizar o artesanato: “Há um longo caminho a ser percorrido”, diz o artesão. Entretanto, para Jacky, a Pérolas reúne tudo de mais representativo no artesanato brasileiro e já está dando um passo certeiro nessa longa caminhada.

Myrian concorda com as dificuldades expostas: “Na nossa cultura, muitas pessoas ainda acham que o que vem de fora é melhor”. Para ela, o preço competitivo é outro fator que estimula as pessoas a comprarem o importado. Além do mais, o artesanato brasileiro ainda estava restrito há poucos lugares, conforme ela. Apesar disso, Myrian fica satisfeita com a existência dos programas do governo que incentivam artistas e artesãos a expressarem toda a sua potencialidade. “Acredito que em pouco tempo o nosso artesanato será bem mais valorizado e reconhecido aqui”, finaliza.